No Dia Nacional da Visibilidade de Transexuais e Travestis, o eixo O Mundo – Arte traz as obras de sete artistas trans / travestis brasileires: Rosa Luz (DF – 1995), Auá Mendes (AM – 1999), Ariel Nobre (MG – 1987), Sy Gomes Barbosa (CE – 1999), Agrippina R. Manhattan (RJ – 1997), - Élle de Bernardini (RS – 1991) e Lyz Parayzo (RJ – 1994).
(Optamos pelo emprego das formas de tratamento neutro em função de parte do grupo de artistas aqui presentes se definir também a partir de uma identidade não-binária).
Rosa Luz (DF – 1995)
Artista visual, fotógrafa, performer, rapper e ativista trans. Cursou Teoria, Crítica e História da Arte na Universidade de Brasília. Participou de exposições no MAM - São Paulo, no MASP, no Paço das Artes, na Bienal de Curitiba e na feira internacional SP-Arte, além de uma residência artística no Reino Unido.

Mulher trans eliminada ou O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo!. 2015;

E se a arte fosse travesti?. 2016.
Auá Mendes (AM – 1999)
Artista indígena travesti e não-binárie, Auá Mendes é pintorx, ilustradorx, fotógrafx e grafitteirx, trabalhando também com arte digital em suportes bi e tridimensionais. Suas obras já foram expostas em Manaus e em São Paulo.

INDIGEN4TR4NSVESTIGENERE. 2020.

Série Indígena Transfuturismo, 2020.
Ariel Nobre (MG – 1987)
Ariel Nobre é homem trans, ativista, artista visual e diretor, além de idealizador do projeto Preciso dizer que te amo, voltado para a valorização da vida e combate ao suicídio de homens trans. Em 2018, dirigiu o curta metragem de mesmo nome, vencedor do prêmio de Melhor Filme no Goiânia Mostra Curtas, em 2019.

XV – RESSURRECTIO. performance fotográfica Via Crucis (em coautoria com o fotógrafo Tarcísio Paniago). 2015.

Preciso dizer que te amo. 2018.
Sy Gomes Barbosa (CE – 1999)
Corpa travesti negra, Sy Gomes é historiadora, artista visual, performer, compositora e produtora cultural. Com diversos projetos e ações culturais, incluindo o Synestesya (Prêmio Feira da Música – 2019), Sy Gomes atualmente pesquisa e desenvolve a série Travestis são como plantas.

PANFLETÁRIO SY. 2020.

Me vejam de longe – Outdoor Travesti. 2020.
Agrippina R. Manhattan (RJ – 1997)
Agrippina R. Mahnattan é travesti, pintora, poeta e professora. Também desenvolve ações culturais – o E-DU-CA-TI-VO, como o realizado no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, em 2020, intitulado O que é uma criança travesti?. Alguns de seus trabalhos partem de um diálogo intertextual com obras da artista Anna Bella Geiger e do pintor Rubens Gerchman como dispositivo de releitura, questionamento e crítica ao racismo estrutural e à transfobia.

Revanche. 2018.

A bela Agrippina. 2019.
Élle de Bernardini (RS – 1991)
Artista visual, performer e bailarina, Élle de Bernardini foi uma das poucas dançarinas trans a integrar o corpo do balé feminino da Royal Academy of Dance de Londres, em 2011. Grande parte do seu trabalho advém das duas principais frentes artísticas de pesquisa de Élle: a dança Butô, de artistas como Yoshito Ohno (1938-2020) e Tadashi Endo; e a filosofia, centrada principalmente na obra Manifesto Contrassexual (2000), do filósofo trans espanhol Paul B. Preciado.

Sem título. Série Formas Contrassexuais. Acrílica, ouro, feltro e prego sobre tela. 2019.

Hieróglifos Contrassexuais. 2020.
Lyz Parayzo (RJ – 1994)
Com formação em Teatro e em Artes Visuais, Lyz Parayzo é artista visual e performer. Idealizadora do projeto itinerante Salão Parayzo, suas ações são pautadas na intervenção e na subversão dos espaços institucionalizados – como as galerias de arte – e dos protocolos biopolíticos cisheteronormativos que os caracterizam.

Putinha Terrorista. série Panfleto. 2016.

“Fato-Indumento”. Ação em parceria com artista Augusto Braz. Calcinha de renda vermelha, dois tijolos, barbante de obra, papel manilha rosa, cola branca, pincel, balde e duas bixas. Galeria Tato.São Paulo. 2015. Registro: Amanda Accioly Videira.